educação

Pesquisadores de Santa Maria protestam contra cortes no financiamento da ciência

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Vinícius Machado (Diário)
Ato organizado pela Associação de Pós-graduandos e Diretório Central dos Estudantes (DCE) reuniu estudantes na Praça Saldanha Marinho

Cientistas e pesquisadores realizaram uma paralisação e mobilização nacional nesta terça-feira contra os cortes nos recursos destinados à ciência no Brasil. Em Santa Maria, o ato ocorreu na Praça Saldanha Marinho, nesta tarde, e reuniu dezenas de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). De acordo com os organizadores da manifestação, os pagamentos do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e Residência Pedagógica (RP) estão atrasados e sem previsão de pagamento até o final de 2021. Os residentes, por exemplo, trabalham como estagiários em escolas do município e estão sem pagamento há cerca de três semanas. O Ministério da Economia havia solicitado ao Congresso Nacional o corte de 92% dos recursos destinados em 2021 a bolsas de pesquisa. Os parlamentares aprovaram o projeto no dia 7 deste mês. 

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- Desde 2016 o orçamento dos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia têm ficando cada vez menor. Tem muita coisa que hoje é feita do jeito que conseguimos e não como deveríamos fazer. Nós gostaríamos de fazer mais e melhor. Temos potencial, mas estamos trabalhando próximo da gambiarra. Vivemos hoje o fenômeno de "fuga de cérebros". Precisamos cada vez mais lutar para que o orçamento se mantenha - avalia Maurício Fanfa, membro da Associação dos Pós-graduandos da UFSM (APG). 

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A ciência ficará com somente R$ 55 milhões, o que representa 8% do previsto inicialmente. O restante foi destinado a outros ministérios. Sem a verba, as entidades alegam que bolsas poderão ser perdidas. Além disso, os pesquisadores e cientistas pedem a universalização e reajuste das bolsas de pesquisa; reconhecimento da Pós-graduação como trabalho com plano de carreira para os pesquisadores e pesquisadoras; atualização das formas de avaliação acadêmica, que leve em conta o contexto das e dos estudantes; assistência a mães pesquisadoras; assistência estudantil com moradia alimentação de qualidade e garantia de permanência; e implementação universal do sistema de cotas nos Programas de Pós-Graduação. 

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